O candidato presidencial de Moçambique, Venâncio Mondlane, acusou o Governo de Angola de violar acordos internacionais da SADC, CPLP e da comunidade africana, após ser impedido de entrar no país para participar numa conferência sobre democracia e liberdade organizada pela UNITA em Benguela.
Em declarações públicas, Mondlane criticou o regime angolano, afirmando que o país está sob um regime ditatorial. O político sublinhou que a recusa de entrada foi uma violação da legislação angolana, que exige uma decisão fundamentada e a garantia do retorno do cidadão ao seu país de origem.
Mondlane destacou ainda que, como cidadão de um país membro da SADC, deveria poder viajar para Angola sem visto, conforme os acordos regionais. O candidato presidencial de Moçambique também acusou o Presidente João Lourenço de incoerência, criticando sua gestão da União Africana (UA) e o papel do chefe de Estado angolano na mediação do conflito na República Democrática do Congo.
O secretário-geral da UNITA, Álvaro Daniel, expressou repulsa pela situação, considerando-a inadequada, uma vez que os contactos para a organização do evento foram feitos com as autoridades competentes.