Durante um encontro promovido pelo CIPRA nesta quarta-feira, a Ministra da Educação, Luísa Grilo, revelou que vários professores destacados para zonas recônditas têm abandonado os seus postos sem qualquer aviso prévio.
Apesar de receberem o subsídio de isolamento, muitos acabam por deixar as escolas após poucos meses de exercício, situação que, segundo a ministra, compromete gravemente o funcionamento do sistema educativo nas áreas rurais e enfraquece o compromisso do Estado com o direito universal à educação.
A ministra sublinhou que o abandono inesperado destes docentes representa um dos principais desafios enfrentados pelo sector da educação nas regiões afastadas dos centros urbanos.
Sobre o tema, o sociólogo Agostinho Paulo sugeriu a adopção de um modelo de recrutamento regional como estratégia eficaz para mitigar o problema. Segundo o especialista, esta medida permitiria maior fixação dos profissionais nas suas comunidades de origem.
Além disso, Agostinho Paulo defendeu o reforço da fiscalização por parte do ministério responsável, de forma a garantir o cumprimento das obrigações por parte dos docentes e assegurar o regular funcionamento das instituições de ensino nessas localidades.