A UNITA denunciou que, em vez de proteger os manifestantes pacíficos que exigiam justiça por crimes não resolvidos, a Polícia Nacional violou direitos fundamentais, como a liberdade, a dignidade e a integridade física dos cidadãos, recorrendo a violência indiscriminada e a prisões arbitrárias.
A bancada da UNITA, liderada por Liberty Chiyaka, pediu celeridade nas investigações sobre homicídios não esclarecidos, citando 16 assassinatos registados nos últimos 12 meses na província do Cuanza Norte, os quais ainda permanecem sem resolução, gerando um clima de medo e indignação entre a população.
Em resposta, a Polícia Nacional confirmou a detenção de dois suspeitos em relação à morte de 10 anciãs no município do Cazengo, ocorrida nos últimos meses.
O porta-voz da corporação acrescentou que a Polícia continua a trabalhar em colaboração com outras forças da ordem na tentativa de capturar outros presumíveis responsáveis pelos crimes.
Face à situação, o governador provincial, João Gaspar, reuniu-se com autoridades tradicionais, membros da sociedade civil, líderes de organizações juvenis e o conselho de honra local, com o intuito de abordar práticas tradicionais que têm afectado as zonas de produção.
Durante o encontro, João Gaspar apelou ao apoio da população na denúncia de casos suspeitos, no esforço para combater a criminalidade e as práticas prejudiciais à região.