O Presidente dos EUA, Donald Trump, declarou esta sexta-feira que poderá abandonar as negociações com Moscovo e Kiev sobre o conflito na Ucrânia se não houver progressos “muito em breve”. A posição de Trump surge num momento de divergências dentro da própria administração norte-americana.
O secretário de Estado, Marco Rubio, reforçou o tom mais duro, afirmando que os EUA têm outras prioridades e não querem que as conversações se arrastem. Em contraste, o vice-presidente JD Vance manifestou otimismo quanto aos avanços recentes, após reuniões em Roma com líderes europeus.
Trump, no entanto, não definiu prazos nem comprometeu-se com um ultimato, afirmando apenas que espera não ser necessário abandonar o processo. As declarações coincidem com o fim da moratória russa a ataques contra infraestruturas energéticas ucranianas, o que reacendeu a violência no nordeste da Ucrânia, com bombardeamentos que causaram mortos e feridos em Kharkiv e Sumy.
Apesar das tensões, está prevista uma nova ronda de negociações entre representantes dos EUA, da Ucrânia e da Europa na próxima semana em Londres. Em paralelo, Washington e Kiev estão perto de um acordo que dará aos EUA acesso a recursos minerais ucranianos, podendo ser assinado em breve.