O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, no domingo, que o país está preparado para abrir os “portões do inferno” na Faixa de Gaza caso todos os reféns israelitas não sejam libertados.
A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa, após uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Jerusalém.
Netanyahu sublinhou a forte parceria entre Israel e os Estados Unidos, evocando uma frase já utilizada pelo ex-presidente Donald Trump.
“Temos uma estratégia comum, cujos detalhes não podemos revelar ao público, incluindo como se abrirão as portas do inferno, o que certamente acontecerá se todos os nossos reféns não forem libertados, sem exceção”, disse o primeiro-ministro israelita.
Netanyahu reforçou a intenção de Israel de “eliminar a capacidade militar e o poder político do Hamas” na Faixa de Gaza, onde o grupo islamista palestiniano detém o controlo desde 2007.
“Vamos trazer todos os nossos reféns para casa e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça para Israel”, acrescentou.
O ataque sem precedentes do Hamas a Israel, no dia 7 de outubro de 2023, resultou no rapto de 251 pessoas, que foram levadas para o território palestiniano.
De acordo com o exército israelita, 70 desses reféns continuam detidos em Gaza.
Após 15 meses de conflito, uma trégua entrou em vigor a 19 de janeiro de 2025. Desde então, 19 reféns israelitas foram libertados em troca de mais de mil prisioneiros palestinianos libertados por Israel.