As principais potências europeias estão desenvolvendo planos para aumentar a responsabilidade pela defesa do continente, incluindo um acordo com a administração Trump para transferir gradualmente funções do exército dos EUA para a Europa nos próximos cinco a dez anos.
O objetivo é evitar uma crise causada por uma possível saída unilateral dos EUA da OTAN, após declarações do presidente norte-americano que geraram incertezas sobre o compromisso do país com a defesa europeia.
O Reino Unido, França, Alemanha e países nórdicos estão à frente das negociações, preparando um plano de aumento progressivo nos gastos de defesa para ser apresentado na cimeira anual da OTAN em junho.
Esse plano visa reduzir a dependência de capacidades militares americanas, permitindo que os EUA alavanquem seus recursos para a região Ásia-Pacífico.
Oficiais europeus estimam que levaria cerca de dez anos para substituir as capacidades dos EUA no continente, um processo que não inclui a dissuasão nuclear, uma das maiores e mais caras responsabilidades.
Além disso, as forças dos EUA controlam importantes bases e infraestruturas militares na Europa.
Os Estados Unidos são, de longe, o maior gastador em defesa dentro da OTAN, com um orçamento de 967,7 bilhões de dólares em 2024, superando o total combinado dos outros 31 membros da aliança, que gastaram 502,3 bilhões de dólares.