A Administração de Donald Trump pretende incluir Angola numa nova lista de países cujos cidadãos poderão ser proibidos de entrar nos Estados Unidos. A informação foi revelada pela agência Reuters, que teve acesso a um documento interno do Departamento de Estado norte-americano.
Segundo esse documento, assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, a proposta faz parte de uma estratégia mais ampla de combate à imigração ilegal. A Casa Branca está a implementar medidas mais rigorosas, incluindo uma vaga de deportações em massa que já geraram protestos em várias cidades dos EUA.
A decisão surge num contexto de tensão crescente, apesar dos sinais de aproximação entre Washington e Luanda durante a anterior administração Biden. Com esta nova medida, Angola passa a integrar um grupo de países que pode passar de 12 para 48, abrangendo também outras nações africanas como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, RDC, Senegal, Gana, Egipto, entre outros, além de países da América Latina e da Ásia.
O documento refere que a principal razão para a inclusão de Angola e dos demais países são as dúvidas quanto à segurança dos seus documentos de identificação, incluindo passaportes. O Departamento de Estado sublinha que as restrições podem ser totais ou parciais, dependendo do grau de cumprimento das exigências impostas por Washington.
Os países visados terão um prazo de dois meses para responder às exigências dos EUA, caso contrário, enfrentarão restrições severas à entrada dos seus cidadãos em território norte-americano.