Um grupo de trabalhadores da agência Anca, ligada à Petromar em Cabinda, denunciou ao Jornal de Cabinda situações de exploração laboral no campo petrolífero do Malongo. Segundo os funcionários, que exercem funções offshore como fire watch, montagem de andaimes e pintura, os salários não ultrapassam os 100 mil kwanzas mensais, valor que consideram insuficiente para sustentar as famílias.
Os trabalhadores recordam que em 2023 recebiam 50 mil kwanzas, em 2024 passaram a 70 mil e em 2025 chegaram aos atuais 100 mil kwanzas. Contudo, dizem que o aumento não acompanhou o custo de vida e que ainda enfrentam atrasos frequentes nos pagamentos.
A indignação cresce quando comparam a sua situação com a de colegas contratados diretamente pela Petromar, que recebem entre 700 e 900 mil kwanzas, mais subsídios. Por isso, apelam à intervenção da Chevron e exigem um salário-base de 400 a 500 mil kwanzas, em nome da dignidade e do respeito pelas suas famílias.