Os Presidentes de Ruanda, Paul Kagame, e do Burundi, Évarist Ndayishimiye, reagiram esta sexta-feira, 12 de Dezembro, à retomada dos combates no Leste da República Democrática do Congo (RDC), após a ocupação da cidade de Uvira pelo grupo rebelde M23, que provocou deslocamento massivo de civis.
Segundo informações da Radio France Internationale, Kagame atribuiu a origem do conflito à RDC e ao Burundi, negando envolvimento direto do seu país. O estadista afirmou que, mesmo no dia da assinatura do acordo de paz em Washington, a violência no Leste da RDC já persistia, ligada a problemas históricos e políticos complexos.
Já o presidente burundiano Évarist Ndayishimiye solicitou intervenção internacional, alertando que os ataques contínuos colocam em risco a população e a estabilidade regional. A situação levou Ruanda a fechar temporariamente a fronteira com a RDC.
O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se para analisar a escalada do conflito. Representantes dos Estados Unidos e França acusaram Ruanda de apoiar o M23, alertando para o risco de conflito regional e grave crise humanitária. Jean-Pierre Lacroix, chefe das operações de paz da ONU, sublinhou o perigo de escalada e a fragilidade do processo diplomático face à realidade no terreno.

