Júlio Moreira da Cruz, até agora presidente do Sporting de Cabinda, decidiu abdicar do cargo, alegando a persistente falta de condições financeiras como principal motivo para a sua saída.
Em declarações prestadas à imprensa local, o dirigente revelou que, ao longo do seu mandato, o clube enfrentou inúmeras dificuldades económicas, o que comprometeu o normal funcionamento da equipa. Segundo afirmou, houve várias ocasiões em que foi necessário recorrer a fundos pessoais para garantir despesas básicas, como transportes, alimentação e alojamento dos jogadores, especialmente durante as deslocações ao interior do país.
Durante a fase de apuramento zonal ao Girabola 2025/2026, os problemas logísticos tornaram-se mais evidentes, afetando directamente o desempenho e a organização do plantel. Ainda assim, o Sporting de Cabinda conseguiu terminar a competição no terceiro lugar do Grupo A, somando 23 pontos, atrás do Redonda FC do Bengo e do Kincoxi FC do Zaire.
Júlio da Cruz, que esteve à frente da agremiação durante um ano após substituir Manuel Bartolomeu, sublinhou que a decisão de se afastar foi pessoal e ponderada. Apesar de deixar o cargo, garantiu estar disponível para colaborar com a futura direcção do clube, numa óptica de continuidade e apoio institucional.