Nova Iorque – A presidente da 80.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, Annalena Baerbock, defendeu a eleição de uma mulher para o cargo de Secretária-Geral da ONU, sublinhando que em oito décadas de existência da organização nunca uma mulher assumiu a sua liderança máxima.
A diplomata alemã questionou o facto de, entre bilhões de potenciais candidatos, nenhuma mulher ter sido escolhida para chefiar a ONU. Para Baerbock, a decisão cabe aos Estados-membros, mas representa não apenas uma questão de igualdade, como também de credibilidade da instituição.
No mesmo discurso, a presidente criticou a persistência da pobreza extrema, que afeta centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, privando-as de direitos fundamentais e tornando-as vulneráveis a crises. Considerou ainda que essa realidade constitui “um fracasso moral e uma ameaça à estabilidade global”.
Baerbock lembrou que a Carta das Nações Unidas continua a ser um guia válido, mas advertiu que o seu insucesso resulta da falta de vontade dos Estados-membros em cumprir os princípios e responsabilizar os violadores.
Quinta mulher a presidir a Assembleia Geral, afirmou que esta 80.ª sessão deve servir não para celebrações, mas para reforçar a determinação em enfrentar os desafios globais.