Passageiros da rota Cabinda/Luanda afirmam estar a enfrentar grandes dificuldades para adquirir bilhetes, devido ao alegado desvio e revenda ilegal de passagens por parte de alguns funcionários da TAAG, a preços muito superiores aos praticados oficialmente.
Segundo vários relatos recolhidos, os bilhetes da classe económica esgotam rapidamente nos balcões da companhia. Contudo, pouco tempo depois, surgem à venda no mercado informal, conhecidos como “candonga”, e em algumas agências não autorizadas, com preços que podem ultrapassar os 100 mil kwanzas.
“Quando vamos comprar, dizem que já não há bilhetes. Mas, no mesmo dia, aparecem pessoas a vender a mais de 100 mil kwanzas. Isto já acontece há anos e ninguém resolve”, disse um passageiro que aguardava por atendimento.
Outra cidadã, que tentava viajar com a família, afirmou sentir-se desrespeitada:
“Não temos outra companhia. Somos obrigados a esperar meses ou a pagar preços injustos. A TAAG devia controlar melhor quem vende os bilhetes.”
Os denunciantes referem que esta prática tende a intensificar-se neste período de festas, altura em que a procura aumenta significativamente. Muitos passageiros apelam à intervenção das autoridades.
“Pedimos ao SIC e às instituições competentes para investigarem. Não pode continuar assim. Há idosos, estudantes e doentes que precisam viajar”, acrescentou outra fonte.
Informações apuradas indicam que já não há bilhetes disponíveis na classe económica para os meses restantes de 2025, sendo provável que as dificuldades persistam até finais de Janeiro de 2026.

