Cisjordânia – A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) manifestou satisfação pela decisão de Portugal em reconhecer oficialmente o Estado da Palestina, anúncio que será formalizado este domingo.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano classificou a decisão portuguesa como “corajosa e coerente com o direito internacional”, destacando que a medida está em conformidade com as resoluções da ONU e reforça os esforços para alcançar a paz através da solução de dois Estados.
Lisboa confirmou que fará o reconhecimento ainda antes da Conferência de Alto Nível organizada pela França e Arábia Saudita, a decorrer na próxima semana em Nova Iorque, no quadro das Nações Unidas.
A diplomacia palestiniana apelou a outros países para seguirem o exemplo de Portugal e protegerem a solução de dois Estados, sublinhando a necessidade de um cessar-fogo imediato, da protecção da população civil e do início de um processo político que ponha fim à ocupação israelita.
Portugal junta-se assim a um grupo de países, entre os quais França, Canadá, Malta, Luxemburgo e Austrália, que assumiram a intenção de reconhecer a Palestina, manifestando preocupação com a crise humanitária em Gaza.
A ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, classificada por entidades independentes da ONU e organizações de direitos humanos como genocídio, já provocou mais de 65 mil mortos palestinianos.
Este passo diplomático de Portugal é visto pela ANP como um importante contributo para a paz no Médio Oriente e para a autodeterminação do povo palestiniano.