A política portuguesa perdeu esta quinta-feira, 14 de agosto, uma das figuras mais conhecidas do centro-direita. Teresa Caeiro, ex-deputada do CDS-PP e antiga vice-presidente da Assembleia da República, faleceu aos 56 anos, segundo confirmaram antigos colegas de partido.
Conhecida pelo apelido “Tegui”, Caeiro construiu uma carreira de quase vinte anos no Parlamento e no Governo português. Licenciada em Direito, iniciou-se como tradutora no Tribunal de Justiça da União Europeia antes de ser chamada por Paulo Portas para integrar a equipa parlamentar do CDS-PP.
Eleita deputada em 2002, assumiu funções governativas nos executivos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, incluindo as pastas da Segurança Social e, mais tarde, das Artes e do Espetáculo. Entre 2011 e 2019 foi vice-presidente do Parlamento, ganhando reputação pelo trato cordial e pela postura conciliadora.
Recentemente, abandonou a militância no CDS-PP, manifestando desacordo com a direção do partido. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou o seu “desaparecimento precoce”, destacando o contributo ao serviço do país.
Até ao fim, conciliou o trabalho como jurista na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa com o comentário político na rádio pública. Mensagens de pesar multiplicam-se nas redes sociais, incluindo a de Adolfo Mesquita Nunes, que recordou Teresa Caeiro como “uma das pessoas mais importantes” da sua vida política.