A Liga de futebol angolana vai arrancar na época 2025/26 em regime experimental, com uma gestão partilhada entre a Federação Angolana de Futebol (FAF) e a Associação Nacional dos Clubes de Futebol (ANCAF). O anúncio foi feito pelo presidente da FAF, Fernando Alves Simões, à margem do jogo entre o Petro de Luanda e o Carmona SC, que encerrou o Girabola e consagrou os tricolores como tetra-campeões nacionais.
Segundo o dirigente, esta fase piloto surge como uma solução de transição enquanto decorrem os trâmites legais para a certificação oficial da Liga junto dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos e da Juventude e Desportos. Ainda sem a certidão legal para funcionar como entidade promotora de competições, a FAF garante que estão a ser feitos esforços para regularizar a situação nos próximos meses.
Durante esta fase inicial, a FAF e a ANCAF irão partilhar tarefas administrativas e logísticas. O modelo visa assegurar uma mudança gradual e controlada, permitindo aos clubes maior participação nas decisões sobre a organização da prova. A longo prazo, o objectivo é que a Liga venha a ser gerida de forma autónoma, à semelhança de outras ligas profissionais a nível internacional.
A criação da Liga responde a uma reivindicação antiga dos clubes angolanos, que há muito pedem mais autonomia, sobretudo na gestão das receitas provenientes da bilheteira, dos direitos televisivos e dos contratos de patrocínio. O novo modelo pretende modernizar e profissionalizar o futebol nacional, promovendo uma maior sustentabilidade e competitividade no panorama desportivo de Angola.