O Governo de Angola anunciou que o atual modelo de distribuição e comercialização de eletricidade da ENDE atingiu o limite da sustentabilidade, obrigando a acelerar a entrada de operadores privados em 2026. Segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, a empresa pública não consegue suportar sozinha a expansão das redes, especialmente em zonas rurais, onde os custos superam largamente as receitas.
O novo modelo prevê a concessão de ativos locais, como redes, sistemas de medição, cobrança e manutenção, a empresas privadas que pagarão taxas pelo uso das infraestruturas. O Executivo garantiu que as tarifas não serão alteradas e que diferenças regionais serão compensadas por subsidiação cruzada. Um Comité de Reforma do Sector Elétrico será criado para discutir a implementação antes da entrada em vigor.

