Os Estados Unidos e a China estão prestes a concluir um acordo histórico que permitirá ao TikTok continuar a operar no mercado norte-americano, após anos de negociações e ameaças de banimento.
Segundo informações avançadas pela imprensa, o entendimento prevê que 80% das ações fiquem nas mãos de investidores americanos, enquanto a parte chinesa, através da empresa controladora ByteDance, manterá uma participação minoritária de 20%.
O consórcio de investidores norte-americanos deverá incluir gigantes como a Oracle, a Andreessen Horowitz e a Silver Lake, que assumiriam o controlo da gestão, garantindo que a aplicação responde às exigências de segurança nacional dos EUA. A estrutura também contemplaria um conselho com maioria de representantes americanos, incluindo um membro indicado diretamente pela administração Trump.
O acordo ganhou ainda maior importância por estar associado ao esperado encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, que deverá acontecer no final de outubro, durante a visita do presidente norte-americano à Ásia. Autoridades sublinham que, sem consenso sobre o TikTok, a reunião dificilmente se realizaria.
As negociações, que começaram ainda no primeiro mandato de Trump, enfrentaram vários impasses relacionados com tarifas comerciais, regras antitruste e resistência de Pequim em abdicar do controlo da ByteDance nos EUA. No entanto, o aumento das tensões comerciais levou a China a mostrar maior abertura para viabilizar o entendimento.
Com cerca de 170 milhões de utilizadores nos EUA, o TikTok tornou-se uma das plataformas mais influentes entre os jovens americanos, o que reforça a sua relevância não apenas no campo tecnológico, mas também político e eleitoral.

