A ameaça dos Estados Unidos de se afastarem das conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia intensificou-se após declarações de Donald Trump, que exigiu progressos rápidos no processo.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, também reforçou essa posição, destacando que as negociações entre os dois países exigem concessões territoriais de ambas as partes. Em Londres, representantes dos EUA, da Ucrânia e da União Europeia reuniram-se para discutir as condições de um possível acordo, com avanços significativos, embora as propostas em debate pareçam favorecer mais a Rússia do que a Ucrânia.
Uma das questões centrais é a anexação da Crimeia, que a Rússia controla desde 2014. O governo dos EUA sugeriu o reconhecimento dessa anexação e outras concessões, como o levantamento das sanções contra a Rússia e a exclusão da Ucrânia da NATO, propostas amplamente rejeitadas pela Ucrânia. A vice-primeira-ministra ucraniana, Yuliua Svyrydenko, deixou claro que a Ucrânia está disposta a negociar, mas não a “se render”, afirmando que a nação não aceitará uma “paz congelada” que não resolva o conflito de forma justa e definitiva.
Além disso, os EUA sugeriram que a Ucrânia aceite a perda de cerca de 20% do seu território, atualmente sob controle das forças russas. Em contrapartida, os EUA não insistiram na exigência russa de desmilitarizar a Ucrânia e mostraram disposição para aceitar uma força de segurança europeia como parte das futuras garantias para a Ucrânia.
Enquanto a reunião técnica em Londres avançou, o governo britânico reafirmou o compromisso com uma paz duradoura, apesar da tensão crescente entre as partes envolvidas.