Angola enfrenta uma grave epidemia de cólera, que nas últimas 24 horas registou 333 novos casos e 16 óbitos. Desde o início do surto, há quase três meses, o país já contabilizou 9.785 casos de cólera, com 17 das 22 províncias afetadas. As províncias mais atingidas incluem Luanda, Bengo, Cuanza Norte, Benguela e Icolo e Bengo, sendo estas as zonas com maior número de infecções.
De acordo com os dados mais recentes, a maior parte dos casos ocorre em Luanda, com 4.432 infetados, seguida por Bengo com 2.627 e Icolo e Bengo com 867.
A propagação da doença está associada principalmente à falta de acesso a água potável e condições de saneamento básico, fatores que tornam as populações vulneráveis, especialmente nas áreas mais carentes. Muitos dos casos são assintomáticos, o que dificulta o controlo da transmissão, já que os portadores podem continuar a espalhar a doença sem apresentar sintomas.
A cólera é transmitida principalmente através da ingestão de alimentos ou água contaminados com o Vibrio cholerae, o agente responsável pela doença.
A falta de condições adequadas de higiene e o consumo de alimentos mal higienizados contribuem para a rápida disseminação da infecção.
Para conter a propagação da doença, a vacinação e a melhoria das condições de higiene são essenciais. As autoridades de saúde destacam a importância de medidas preventivas, como o acesso a água limpa e a implementação de sistemas de saneamento eficientes, para evitar novas infecções e reduzir a mortalidade associada à cólera.