A Casa Branca divulgou uma declaração conjunta do Grupo de Contacto Internacional para os Grandes Lagos (ICG), alertando para a escalada significativa da violência no leste da República Democrática do Congo. O uso crescente de drones e ataques suicidas pelo M23, apoiado pelo Ruanda, é apontado como uma ameaça directa às populações civis e à estabilidade regional.
O ICG — composto por EUA, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, União Europeia, França, Países Baixos, Suécia, Suíça e Reino Unido — manifestou profunda preocupação com a nova ofensiva em Uvira, no Kivu Sul, que representa alto risco de desestabilização.
O grupo apelou ao M23 e às Forças de Defesa do Ruanda (RDF) para cessarem imediatamente as operações ofensivas e respeitarem os compromissos assumidos, incluindo a retirada das forças e o retorno às posições definidas no acordo de Doha, assinado em Julho de 2025. Recordou ainda os progressos alcançados após o Acordo-Quadro de 15 de Novembro.
O comunicado exorta todas as partes a evitar discursos provocatórios, a proteger as populações civis e a cumprir as obrigações estabelecidas na resolução 2773 da ONU e nos Acordos de Washington. O ICG insiste na necessidade de reafirmar o compromisso com o cessar-fogo e garantir acesso humanitário pleno e seguro.
A tensão aumentou após o Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, acusar o Ruanda de violar o acordo de paz assinado recentemente, referindo bombardeamentos em várias localidades do Kivu Sul logo após a entrada em vigor do cessar-fogo.

