Na sua última visita a Cabinda, em 2022, o Presidente da República, João Lourenço, prometeu ao povo da província que “Cabinda estará ainda melhor no fim do seu segundo e último mandato”.
Na ocasião, o Chefe de Estado garantiu que a entrada em funcionamento do futuro aeroporto internacional de Cabinda e do Porto do Caio iria contribuir para a redução do custo de vida na região, afirmando: “Vamos levar Cabinda para o mundo e o mundo para Cabinda.”
Três anos depois dessa promessa, e a faltar apenas dois anos para o fim do último mandato de João Lourenço, muitos cabindenses ouvidos pelo Jornal de Cabinda manifestam descrença quanto à sua concretização.
“Eu não acredito que o Porto do Caio e o novo aeroporto de Cabinda sejam uma realidade até ao fim do mandato do Presidente João Lourenço”, afirmou o estudante João Brás. Já o comerciante Tomás Vaba sublinhou que “o custo de vida em Cabinda só piorou, sobretudo depois do encerramento do posto fluvial de Kimbumba, no município do Soyo, que abastecia a província de Cabinda”.
Para Tomás Vaba, as dificuldades têm vindo a agravar-se. “Estamos a assistir a uma subida diária dos preços e ninguém parece preocupado com a situação”, lamentou.
Recorde-se que João Lourenço chega esta segunda-feira a Cabinda para inaugurar a Refinaria do Malembo. Ainda assim, os cidadãos exigem que o Chefe de Estado cumpra as promessas feitas há três anos, numa altura em que o seu mandato se aproxima do fim.