Angola pretende recorrer aos mercados internacionais para financiar o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2025, com a emissão de dívida soberana que pode atingir até 4 mil milhões de dólares.
Segundo despachos presidenciais recentemente divulgados, está autorizada a emissão de instrumentos de dívida no mercado japonês, no valor máximo de mil milhões de dólares, bem como Eurobonds, até um montante de três mil milhões de dólares.
Especialistas apontam que esta estratégia reflete a intenção de diversificar as fontes de financiamento, ao explorar novos mercados como o japonês.
Esta abordagem pode ser vantajosa, proporcionando condições mais competitivas e reduzindo a dependência de um único mercado. No entanto, persiste a preocupação com a dependência contínua do financiamento externo, especialmente face aos desafios relacionados com a sustentabilidade da dívida pública.
Adicionalmente, os montantes autorizados para a emissão de dívida externa ultrapassam os limites fixados pelo próprio governo no Plano Anual de Endividamento, suscitando questões sobre a coerência e a previsibilidade da política de gestão da dívida pública.