O partido ANAMOLA, liderado por Venâncio Mondlane, solicitou formalmente à Comissão Técnica do Diálogo Nacional Inclusivo (COTE) a sua integração no processo de pacificação em Moçambique. O partido apresentou seis propostas legislativas e reforçou que a sua participação deve ser garantida “por lei”, após ter sido marginalizado devido aos protestos pós-eleitorais.
Dinis Tivane, porta-voz do ANAMOLA, destacou que o partido representa atualmente a força política mais activa no país e tem o direito de defender as suas ideias no diálogo, especialmente frente à maioria da FRELIMO no Parlamento. Tivane sublinhou também episódios de hostilidade sofridos pelo partido durante o período pós-eleitoral.
O presidente da COTE, Edson Macuácua, afirmou que a integração definitiva do ANAMOLA depende do Presidente da República e dos órgãos competentes, assegurando que as propostas apresentadas serão analisadas em fórum próprio. O processo do diálogo nacional, aprovado por lei, visa pacificar Moçambique após os violentos protestos que se seguiram às eleições de outubro de 2025, com mais de 400 mortos e destruição de património.
O acordo de pacificação prevê, em dois anos, a definição de forças de segurança apartidárias, revisão constitucional, novo modelo eleitoral, reconciliação nacional e descentralização governativa.

