A corrida à liderança da UNITA está a intensificar-se à medida que se aproxima o Congresso Ordinário do partido, agendado para 28 a 30 de Novembro, em Luanda. Adalberto Costa Júnior voltou a criticar a ausência dos órgãos de comunicação social públicos nas suas actividades, considerando que a cobertura desigual favorece o seu adversário, Rafael Sakaita Massanga Savimbi. Para Adalberto, o uso da comunicação pública em benefício do poder político limita o pluralismo e condiciona o fortalecimento da democracia no país.
O líder da UNITA, que percorreu recentemente as províncias de Malanje, Bengo, Cuanza Norte, Luanda, Icolo e Bengo e Zaire, reafirmou que nas eleições de 2022 o partido “venceu moralmente”, defendendo que a alternância governativa será uma realidade em 2027, caso haja união interna e mobilização popular.
Rafael Massanga Savimbi, por sua vez, tem centrado a sua mensagem na necessidade de reforçar a coesão partidária, defendendo maior apoio ao sector privado como motor do desenvolvimento económico. Durante a sua passagem pelo Icolo e Bengo, destacou que o país enfrenta desafios sérios, como o desemprego e o encerramento de empresas, e considerou essencial valorizar micro, pequenas e médias empresas para gerar empregos e dinamizar a economia.
Ao longo das suas deslocações, Adalberto tem sublinhado o sofrimento das populações, associando-o à pobreza e às dificuldades de acesso a serviços básicos como água e energia, responsabilizando o Governo e a corrupção pela situação. Contudo, elogiou o clima de abertura e cordialidade demonstrado pelo governador do Zaire, que o recebeu com respeito institucional.
O Congresso da UNITA terá como objectivo eleger o próximo presidente, rever estatutos e definir o programa político que servirá de base para a disputa eleitoral de 2027, num momento em que o partido procura apresentar-se unido e preparado para competir pelo poder.

