O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de novas tarifas comerciais a 14 países, com taxas que variam entre 25% e 40%, mas decidiu adiar a sua entrada em vigor para 1 de agosto, com exceção da China. A decisão foi comunicada através de cartas oficiais enviadas aos líderes dos países visados, como o Japão, Coreia do Sul, Malásia, África do Sul, Cazaquistão, Tailândia, entre outros.
Trump justificou a medida como parte de uma política de tarifas “recíprocas”, afirmando que os Estados Unidos compram significativamente mais desses países do que vendem, criando défices comerciais que, segundo ele, prejudicam a indústria americana. O presidente encorajou os líderes a fabricarem os seus produtos nos EUA para evitar as novas tarifas.
Embora a aplicação das tarifas tenha sido prorrogada, Trump afirmou que a nova data “é firme, mas não 100% firme”, admitindo flexibilidade caso os países afetados queiram negociar alternativas. O Japão e a Coreia do Sul, os principais alvos das novas medidas, já manifestaram intenção de iniciar novas negociações com Washington.
As tarifas não se acumulam com as setoriais já existentes, como a tarifa automóvel de 25%, mas podem agravar-se caso haja retaliação. Entre os produtos mais afetados estão automóveis, semicondutores, maquinaria e vestuário.
A notícia provocou quedas nos mercados financeiros, especialmente nas ações de empresas automóveis japonesas como a Toyota, Nissan e Honda. O Dow Jones fechou com uma queda de 422 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq também registaram perdas significativas.
Apesar de críticas internacionais, Trump mantém que as tarifas são um instrumento legítimo para defender a economia americana. “Estas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo da nossa relação”, escreveu o presidente nas cartas enviadas.