O Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou a detenção de um grupo de suspeitos envolvidos num plano terrorista para atacar alvos estratégicos em Luanda durante a visita do ex-Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Entre os acusados, destaca-se o alegado envolvimento da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), que teria sido contactada pelo líder do grupo para apoio militar.
De acordo com o SIC, a operação, designada “Rastejante”, identificou a intenção dos suspeitos de realizar ataques à Refinaria de Luanda, ao Palácio Presidencial, à Assembleia Nacional, à Embaixada dos EUA e ao Hotel Intercontinental, com o objetivo de provocar pânico e projetar uma imagem de instabilidade no país.
Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC, revelou que os detidos foram monitorizados e capturados em Luanda e na província do Huambo. Há provas de comunicações estabelecidas pelo líder do grupo com outros movimentos terroristas africanos e líderes internacionais, incluindo contactos com Burkina Faso, Coreia do Norte e Venezuela.
O envolvimento da FLEC terá ocorrido após o envio de uma solicitação de apoio militar, embora não tenham sido divulgados detalhes sobre o tipo de colaboração.
As autoridades norte-americanas cooperaram com Angola na operação, partilhando informações e auxiliando na neutralização do grupo.