De acordo com um despacho presidencial, o executivo angolano autorizou a contratação de professores cubanos para reforçar o corpo docente das instituições públicas de ensino superior, com destaque para a Faculdade de Medicina da Universidade 11 de Novembro, em Cabinda.
A decisão surge para colmatar a escassez de quadros nacionais qualificados nas áreas da medicina, ciências e tecnologias, garantindo a continuidade e o reforço da qualidade do ensino no país.
O documento sublinha que o Estado angolano tem recorrido à contratação de docentes expatriados como forma de suprir a falta de especialistas com a experiência necessária para a docência no ensino superior, sobretudo em cursos técnicos e científicos.
No total, foi aprovada uma despesa superior a 33 milhões de euros, dos quais 19 milhões destinam-se à contratação de docentes cubanos para as áreas de medicina e ciências da saúde, e 14,2 milhões para os cursos de ciências, engenharia e tecnologias.
O Despacho Presidencial enquadra-se no acordo de cooperação entre Angola e Cuba, que há vários anos tem permitido a vinda de profissionais cubanos para o país, contribuindo para a formação de quadros e o fortalecimento do sistema de ensino e de saúde nacional.
O ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação recebeu competência delegada para conduzir todo o processo, incluindo a aprovação dos contratos e a verificação da legalidade dos actos praticados.
A Faculdade de Medicina de Cabinda, que recentemente recebeu autorização do Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES) para voltar a admitir novos estudantes, será uma das beneficiadas com este reforço de docentes.

