O governo do Equador declarou estado de emergência neste sábado, abrangendo sete das 24 províncias do país, a capital Quito e o sistema prisional, devido ao agravamento da violência ligada ao narcotráfico.
A medida foi anunciada um dia antes da segunda volta das eleições presidenciais, num contexto alarmante: segundo dados oficiais, ocorre um homicídio por hora no país.
O decreto terá validade de 60 dias e abrange as províncias costeiras de Guayas — cuja capital, Guayaquil, é uma das mais atingidas —, Los Ríos, Manabí, Santa Elena e El Oro. Inclui ainda as regiões amazónicas de Orellana e Sucumbíos, além da cidade mineira de Camilo Ponce Enríquez.
Com o estado de emergência, ficam suspensos direitos como a inviolabilidade do domicílio e da correspondência, e a liberdade de reunião. A medida também institui recolher obrigatório noturno em vários municípios e autoriza a atuação do exército nas ruas.
O presidente Daniel Noboa, no cargo desde novembro de 2023, justificou a decisão citando o aumento da criminalidade e a atuação de grupos armados organizados no país.