A província de Cabinda mantém-se como a mais cara de Angola, mesmo num cenário de desaceleração da inflação nacional. De acordo com a Forbes África Lusófona, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação em Angola registou nova desaceleração em setembro, fixando-se em 18,16%. A variação representa uma redução de 0,74 pontos percentuais (pp) face ao mês anterior e uma queda expressiva de 11,78 pontos em relação ao mesmo período de 2024, sinalizando uma trajectória de moderação dos preços no consumidor.
Apesar desse alívio geral, as províncias de Cabinda e Cuanza Norte registaram aumentos acima da média nacional, com Cabinda a destacar-se como a província com o custo de vida mais elevado do país, devido aos elevados custos de transporte e às dificuldades logísticas no abastecimento de bens essenciais.
Segundo a Forbes África Lusófona, a classe “Saúde” foi a que apresentou o maior aumento homólogo, com 22,11%, seguida de “Transportes” (21,39%), “Bens e serviços diversos” (19,96%) e “Bebidas alcoólicas e tabaco” (19,22%). Estes dados confirmam que, embora Angola esteja a caminhar para uma estabilização dos preços, Cabinda e Cuanza Norte continuam entre as províncias com maiores pressões sobre o custo de vida.