O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou que o governo sul-africano não tomará decisões por despeito ou baseadas em emoções em resposta às tarifas de 31% impostas pelos Estados Unidos às exportações do país.
Em uma declaração feita durante um evento do Congresso Nacional Africano (ANC), Ramaphosa enfatizou que, embora os EUA tenham o direito de tomar decisões soberanas, a África do Sul está analisando cuidadosamente o impacto dessas tarifas.
O ministro das Relações Internacionais, Ronald Lamola, alertou que a medida afetará vários setores da economia sul-africana, como a indústria automóvel, agricultura, alimentos e bebidas processados, metais, e produtos químicos, e pode ter consequências negativas para o emprego e o crescimento do país. No entanto, o governo sul-africano já está tomando medidas para mitigar esses impactos, buscando diversificar os destinos de exportação para novos mercados na África, Ásia, Europa, Médio Oriente e Américas.
Além das tarifas, o presidente dos EUA, Donald Trump, também suspendeu a ajuda à África do Sul, alegando acusações contra o governo sul-africano relacionadas à política de reforma agrária e à posição crítica contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça.
Trump também anunciou a imposição de tarifas adicionais sobre países africanos, incluindo o Lesoto, Madagáscar e Angola, que podem agravar ainda mais a situação econômica.